ESG: construindo uma indústria de seguros mais sustentável

A preocupação com sustentabilidade não é novidade para o mercado de seguros. Só no ano de 2020, foram pagos US$ 81 bilhões em prêmios de seguros de incêndios florestais, inundações e outras intempéries decorrentes das mudanças climáticas.

Igualmente, as reivindicações de seguros de responsabilidade civil relacionados a questões sociais e de governança corporativa vêm aumentando.

Assim, as seguradoras têm sido cada vez mais desafiadas a fazer mais para lidar com os riscos e oportunidades relacionadas a questões ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês).

Em resposta a essa demanda, muitas seguradoras já nomearam Diretores de Sustentabilidade (CSO’s), um primeiro passo importante que resulta em uma maior visibilidade e responsabilidade por iniciativas e resultados relacionados a ESG.

Para compreender os reais efeitos dessas nomeações, a Deloitte entrevistou CSO’s em diversas seguradoras dos Estados Unidos, e identificou algumas oportunidades para superar obstáculos comuns que podem impedir a obtenção de bons resultados, que serão apresentadas a seguir.

 

Cinco oportunidades para superar obstáculos que impedem o progresso na agenda ESG

#1: Esclareça a definição e estratégias

Para que as estratégias ESG sejam bem-sucedidas, é necessário criar uma cultura na empresa, garantindo que todos os colaboradores, de todos os níveis, saibam o que é ESG e quais as estratégias trabalhadas. 

#2: Vá além da “bondade”

Alguns entrevistados na pesquisa citaram a frustração com colegas que questionam a necessidade de iniciativas ESG. Esse ceticismo deve ser combatido com informação, para não criar lacunas de credibilidade e minar os esforços de mudanças.

Embora nenhum dos CSO’s entrevistados tenha responsabilidade direta pela diversidade e inclusão, todos relataram que mantém contato regular com o departamento de recursos humanos. Juntos, buscam reforçar a mensagem de que contratar, reter e promover uma força de trabalho e equipe de liderança mais diversificada não está sendo feito para “manter as aparências”, mas para impulsionar a inovação, aumentar a produtividade e impulsionar a lucratividade.

#3: Estabeleça métricas mais definitivas

Algumas seguradoras já começaram a definir metas globais de sustentabilidade, especialmente no que diz respeito à gestão de riscos climáticos – por exemplo, explorando maneiras de reduzir sua própria pegada de carbono.

No entanto, a maioria dos entrevistados estava se esforçando para cumprir metas mais básicas e qualitativas, como publicar um relatório anual, criar e/ou servir em comitês multifuncionais de sustentabilidade e formar parcerias internas com colegas que compartilham responsabilidades ESG. Alguns CSO’s disseram que a administração definiu metas sem fornecer métricas para gerenciar as expectativas, quantificar o progresso ou medir seu status em relação aos pares.

Fórum Econômico Mundial recomendou métricas mais definitivas em um relatório de setembro de 2020, preparado em colaboração com a Deloitte e outras organizações. As principais métricas giraram em torno de quatro pilares interdependentes: planeta, pessoas, princípios de governança e prosperidade.

#4: Forneça mais recursos aos CSO’s

A sustentabilidade é um grande trabalho para equipes relativamente pequenas, na maioria dos casos. A maioria das seguradoras ainda não se comprometeu muito em termos de pessoal ou financiamento dedicado. O maior quadro de funcionários entre os entrevistados somava nove pessoas, sendo que a maioria opera com apenas dois ou três trabalhadores em tempo integral.

As seguradoras podem incentivar as iniciativas em sustentabilidade atribuindo responsáveis pelas pautas ESG e aplicando mais recursos, tudo isso apoiado por uma estrutura de governança clara que inclua medidas de responsabilização.

#5: Passe mais tempo transformando do que relatando

Os CSO’s entrevistados afirmaram que passam a maior parte do tempo coletando informações e relatando detalhes sobre as práticas ESG. E essa demanda tende a aumentar, considerando a crescente importância que as pautas ESG têm tido para legisladores e reguladores em geral.

Para liberar um tempo valioso, a melhor saída é implantar ferramentas de tecnologia que aprimorem a coleta de dados, monitoramento e geração de relatórios de informações.

 

Insurtechs e sustentabilidade

As insurtechs, que carregam em seu DNA a inovação, possuem um importante papel nas mudanças que o mercado de seguros vem sofrendo, incluindo nas questões relacionadas às pautas ESG.

Sustentabilidade e inovação estão diretamente relacionadas, especialmente no contexto atual, em que as empresas têm sido pressionadas pelos consumidores, sociedade civil, investidores, reguladores, colaboradores e governo a mudarem suas práticas.

Adriano Almeida, sócio e CEO da insurtech Avita, destaca que…

A Avita é parte desse processo de construção de uma indústria de seguros mais sustentável.

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