“Um futuro exigente”: especialistas apontam 4 tendências para o setor de seguros

Os últimos anos foram desafiadores para a economia. Atualmente, a maioria das seguradoras relatam que ultrapassaram a fase de prejuízos, adotando estratégias que devem ser tendência para o futuro. Veja a seguir 4 dessas tendências identificadas pela Deloitte em pesquisa que contou com a participação de mais 200 executivos C-level do setor de seguros da Europa, Oriente Médio e África, além de uma parceria com o Financial Times Remark.

Antes de falarmos sobre as perspectivas do setor de seguros, é necessário situar o momento atual. Por conta da pandemia do coronavírus, os anos de 2020 e 2021 foram períodos de retração das seguradoras, um setor historicamente fundado na avaliação de riscos quantificáveis.

Mesmo com o avanço da vacinação e a flexibilização das restrições relacionadas à pandemia, a batalha contra o Covid-19 está longe de terminar, e um nível de incerteza provavelmente persistirá.

Diante desse cenário, porém, as seguradoras em geral esperam um crescimento mais rápido para os próximos anos. De fato, conforme relatório da Deloitte, 77% das seguradoras pesquisadas continuam preocupadas com as mudanças induzidas pela pandemia na economia e no comportamento do consumidor, mas, ainda assim, 69% relataram que ultrapassaram a fase de prejuízos, adotando estratégias que devem ser tendência para o futuro.

Vejamos a seguir quatro dessas principais perspectivas para o amanhã do setor de seguros.

 

1) Transformação com foco na experiência do cliente

As seguradoras precisam buscar maneiras de oferecer produtos e serviços que são relevantes para os clientes no momento em que eles mais precisam. 62% das seguradoras pesquisadas pela Deloitte acreditam que os consumidores consideram produtos não ligados a seguros como o item mais importante no momento de escolher uma seguradora – o que pode explicar como empresas não tradicionais do ramo, como por exemplo, a Magazine Luiza, têm entrado no mercado de seguros.

Há um foco em melhorar a fidelidade do cliente por meio de uma experiência personalizada. Tanto é assim que 57% dos clientes esperam ser atendidos por profissionais amigáveis e acessíveis. 

Significa dizer que as seguradoras precisam encontrar maneiras de equilibrar a adoção da tecnologia sem dispensar o toque humano.

 

2) Novas propostas para o crescimento

Clientes acostumados às inovações tecnológicas de empresas como Google, Amazon e Uber em breve exigirão a mesma experiência das seguradoras. Os consumidores do futuro podem esperar, por exemplo, que os carros autônomos reduzam automaticamente os prêmios pagos após verificarem as rotas mais seguras.

As seguradoras estão atentas ao ritmo de mudança e inovação, projetando que, até 2024, 33% dos prêmios de seguros virão de novas propostas de produtos e serviços. Ademais, quando perguntados quais os principais desafios para o crescimento dos negócios nos próximos 3 anos, 45% dos entrevistados mencionaram a rápida evolução das necessidades e expectativas dos clientes, o que demonstra que as insurtechs precisarão inovar para obter vantagem competitiva.

 

3) Parcerias gigantes

É verdade que muitas seguradoras novas têm se destacado no mercado nos últimos anos. Entretanto, as operadoras tradicionais devem se fortalecer nos próximos anos através de fusões, aquisições e parcerias. Quase três quartos dos entrevistados (72%) afirmam que essas práticas devem impulsionar o crescimento de metade do setor nos próximos 5 anos. 

Digno de nota que, desse percentual, 52% esperam concluir dois ou mais acordos de fusões e aquisições nos próximos 3 anos, sendo que 81% têm planos firmes de parceria em um mercado já existente e 44% de expansão em um novo mercado.

Para serem bem-sucedidas, essas fusões e aquisições exigem alinhamento entre as empresas e a tecnologia utilizada, ou seja, terá vantagem no crescimento as seguradoras que conseguirem formar alianças com insurtechs, notadamente porque podem oferecer apólices personalizadas.

 

4) Automação

Os consumidores passaram a usar os serviços digitais durante a pandemia e poucos voltarão aos seus hábitos anteriores. Esses serviços eletrônicos, que são perfeitamente combinados com experiências físicas do cliente, surgirão como o principal diferencial quando os consumidores comprarem seguros. As operadoras que demoram a lançar ofertas digitais atraentes perderão clientes.

Diante desse cenário, 80% das entrevistadas afirmaram que acompanham avanços tecnológicos. Além disso, 95% das seguradoras disseram que o uso de análises avançadas (analytics) em suas empresas aumentou nos últimos 3 anos.

Mas, dentre todos os investimentos efetuados pelas seguradoras, no topo da lista está a tecnologia em nuvem, cujas vantagens incluem o gerenciamento de dados em tempo real, atualização de políticas em massa e melhor interação com os clientes.

E os números impressionam: estima-se que os gastos em serviços de nuvem chegarão a US$ 482 bilhões em 2022, ao passo que os gastos em serviços de infraestrutura de aplicativos baseados em nuvem crescerão para quase US$ 172 bilhões.

À medida que olhamos para o que o futuro pode reservar, é bom lembrar o quão imprevisível é o mundo em que vivemos. Se não fosse, os seguros seriam dispensáveis. Afinal, nossos meios de subsistência dependem da incerteza.

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